OBSERVAÇÃO ÍNTIMA
Deixei o nosso amor
na correnteza
e ele tomou o rumo
do precipício
que, desde o início,
eu adivinhara.
Espargiu pelas corredeiras,
tomou o rumo do mar,
salgou minha alma
e arrebatou-me às profundezas,
arrebentou-me
nos arrecifes de corais,
cobriu-me de sargaços.
Agora,
concha ferida
a gestar uma pérola negra
para o futuro.
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