Tudo o que o tempo me deu,
dou-te em dobro:
de raízes
e seivas
e sumos
a essência
e o poder
de ser.
Simplesmente.
Este é um espaço dedicado à Literatura em todas as suas vertentes. Da popular à culta, tanto leitor leigo quanto o especializado poderá se deleitar com indicações de livros, resenhas, notícias de publicações, de autores, poemas meus, textos críticos meus, enfim, um espaço onde manteremos conversa de nos encher os olhos da alma.
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
OBSERVAÇÃO ÍNTIMA
OBSERVAÇÃO ÍNTIMA
Deixei o nosso amor
na correnteza
e ele tomou o rumo
do precipício
que, desde o início,
eu adivinhara.
Espargiu pelas corredeiras,
tomou o rumo do mar,
salgou minha alma
e arrebatou-me às profundezas,
arrebentou-me
nos arrecifes de corais,
cobriu-me de sargaços.
Agora,
concha ferida
a gestar uma pérola negra
para o futuro.
Deixei o nosso amor
na correnteza
e ele tomou o rumo
do precipício
que, desde o início,
eu adivinhara.
Espargiu pelas corredeiras,
tomou o rumo do mar,
salgou minha alma
e arrebatou-me às profundezas,
arrebentou-me
nos arrecifes de corais,
cobriu-me de sargaços.
Agora,
concha ferida
a gestar uma pérola negra
para o futuro.
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