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quinta-feira, 29 de maio de 2014

AMOR NATURAL

Na calada da noite
eu, fada
tu, duende
a (a)guardarmos
a floresta de nossos sonhos.

E muda
e deusa
e intensa,
uma sombra se interpõe
entre o portal
que tu guardas
(para que meus sonhos entrem em alvoroço)
e o que eu guardo
(para que tua razão me acorde)
(Valdenides Cabral)
DECIFRA-ME

Vou me despir
deste corpo poeta
e viver
o que me resta
como se a vida fosse
essa tal festa.

Vou vestir
a minha alma poesia
e viver
a mais louca fantasia
de, sendo una,
ser dupla.
(Valdenides Cabral)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

DOAÇÃO

Tudo o que o tempo  me deu,
dou-te em dobro:
de raízes
e seivas
e sumos
a essência 
e o poder
de ser.
Simplesmente.

OBSERVAÇÃO ÍNTIMA

OBSERVAÇÃO ÍNTIMA

Deixei o nosso amor
na correnteza
e ele tomou o rumo
do precipício
que, desde o início,
eu adivinhara.
Espargiu pelas corredeiras,
tomou o rumo do mar,
salgou minha alma
e arrebatou-me às profundezas,
arrebentou-me
nos arrecifes de corais,
cobriu-me de sargaços.
Agora,
concha ferida
a gestar uma pérola negra
para o futuro.