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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FILOSOFIA DE VIDA


Istmo, sim,
ilha nunca.
Mar nenhum
me suplanta.
Entre a água
e a terra
prefiro o roçar da areia
subir penhascos.
Meus horizontes são feitos de serras
montes, nunca vales.
Mesmo tendo nascido
sob o signo da cacimba
e dos riachos
foram os cascalhos
que marcaram meus pés.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TRÊS LIVROS DE POETISAS POTIGUARES, INDICO

Para leitura fundamental de poesia em terras nossas:
Milagreira, de Iara Maria Carvalho
Outônicas, de Maria José Gomes
Canções de Abril, de Rizolete Fernandes
Três poetisas que deixam
os seus próprios traços
nos traços da poesia que escrevem.

PESSOANA

Agora que fecho meus olhos
direi que sou outra
a escrever a dor
que deveras
não sinto
posto que tenho em mim
o Amor oni
presente,
ciente,
potente,
a me preencher a vida.


O POEMA

O Poema,
esta ilha cercada de signos.
A Poesia,
este mar que o cerca,
este céu que o cobre,
e este abismo no qual nos abismamos.

REFRATÁRIO

Se sou
toda vaidade,
se me pinto
a boca
os olhos
a face,
se me penteio
com a languidez da sereia,
por que o espelho
não me reflete?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CONVITE PARA O LANÇAMENTO DO MEU LIVRO DE POESIAS


CERES – Campus de Currais Novos – convida para o lançamento do livro de poesias da Profa. Valdenides.
Local: Auditório do Campus
dia: 26 de agosto , às 19;30

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Histórias mal contadas das terras de Mericó: AMOR EM TEMPOS DE SECASeca de setenta. Aquele foi...

Histórias mal contadas das terras de Mericó: AMOR EM TEMPOS DE SECA
Seca de setenta. Aquele foi...
: "AMOR EM TEMPOS DE SECA Seca de setenta. Aquele foi um tempo difícil para Mericó. Os derredores da vila transformaram-se num vasto tapete ac..."

sexta-feira, 27 de maio de 2011

HERANÇA

Por isso estou aqui
lavrando
meu corpo
nas pedras da terra que me viu crescer
- escrita rupestre -
dando conta de minha própria arqueologia.

SENTIDO ANTI-HORÁRIO

Mergulhada na solidão de mim mesma
inverto o relógio.
É madrugada
e nem parece que anoiteceu.
O sol no meio.
Sempre o sol
a girar em torno de meu corpo
e a criar sombras imaginárias na minha alma.




quinta-feira, 24 de março de 2011

AMANHÃ

Amanhã,
quando acordar
e o mundo lá fora
puder ser visto 
com os olhos de minha alma,
serei arrebatada
por um beija-flor,
uma flor,
um beijo.
Amanhã será o sinal
de que o amor amanhecerá.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

REINCIDENTE

Eis-me
pelo mesmo caminho de pedra
dia após dia
ano após ano,
incansável,
ouvindo sonhos e pesadelos
sentido a pele do outro,
do desconhecido,
do que me estende a mão
do que nem o nome sei.
Eis-me
firme, intrépida,
desafiando meus medos,
humanizando-me.

AVENTUREIRA

Para traçar os caminhos
da minha não solidão,
inventei um amigo invisível
que discute comigo
os meus mais íntimos assuntos
sem me censurar
sem cortar minhas asas
sem podar minhas folhas.